Gustave Klimt, O abraço
Ela vem da rua. Traz o vento no cabelo.
Estico-me para um beijo e sinto ainda
o frio no seu rosto. Depois beijo-lhe os lábios, que estão sempre mornos, mesmo
que se gele lá fora.
Sorri. Sorri sempre. E sorri com o rosto todo, sorri
com o corpo todo, sorri inteira como se toda ela fosse felicidade.
Pede-me
que a abrace. E eu abraço, levemente… Depois, mais tarde, deixo que ela mergulhe
no meu abraço… Mergulhamos, então, um no outro…
O tempo parece parar.
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