Sonhei contigo. Sonhei que chamavas por mim, através de uma porta entreaberta. Dizias o meu nome, daquela forma única e quase mágica como o pronunciavas, como se o cantasses… Mas, afinal, é isso que fazes com todas as palavras. Transformas cada palavra em música, usas cada uma com a serenidade de, em cada frase, encerrares uma melodia…
E foi com essa serenidade que me ensinaste a relação entre as vírgulas e os mas, que me disseste quando um verbo quer ser seguido de um de ou de um de que, ou até mesmo só de um que… foi com a doçura de quem canta que me falaste da diferença entre ter de e ter que… e tantas vezes, calmamente, me falaste dos símbolos e das regras para rever um texto… e outras vezes, de olhar espelhando entusiasmo, justificaste ( porque nenhuma palavra ou frase é um acaso) quando se deve escrever senão, ou se não, ou quando é demais, ou são os demais, ou porque sim… e por que não?
E quando eu me enganava, explicavas outra vez, não mais devagar e mais alto, mas sempre de outra maneira, para que eu aprendesse…
E todas as horas partilhadas foram poucas, porque tenho ainda tantas dúvidas! Tenho eu muito ainda que aprender e tu tanto para ensinar!
Mas mais do que, contigo, aprender das palavras, aprendi da vida. Mostraste-me que cantar as palavras não é mais do que cantar os sentidos, escrever textos é escrever a vida e escrever na vida e falar é falar de amor e deve ser feito com amor… Ensinaste-me, sobretudo, a ensinar com paixão, a viver com paixão, a sentir cada coisa boa que a maré trazia… e a deixar ir tudo de mau na corrente da maré vaza…
E foi com essa serenidade que me ensinaste a relação entre as vírgulas e os mas, que me disseste quando um verbo quer ser seguido de um de ou de um de que, ou até mesmo só de um que… foi com a doçura de quem canta que me falaste da diferença entre ter de e ter que… e tantas vezes, calmamente, me falaste dos símbolos e das regras para rever um texto… e outras vezes, de olhar espelhando entusiasmo, justificaste ( porque nenhuma palavra ou frase é um acaso) quando se deve escrever senão, ou se não, ou quando é demais, ou são os demais, ou porque sim… e por que não?
E quando eu me enganava, explicavas outra vez, não mais devagar e mais alto, mas sempre de outra maneira, para que eu aprendesse…
E todas as horas partilhadas foram poucas, porque tenho ainda tantas dúvidas! Tenho eu muito ainda que aprender e tu tanto para ensinar!
Mas mais do que, contigo, aprender das palavras, aprendi da vida. Mostraste-me que cantar as palavras não é mais do que cantar os sentidos, escrever textos é escrever a vida e escrever na vida e falar é falar de amor e deve ser feito com amor… Ensinaste-me, sobretudo, a ensinar com paixão, a viver com paixão, a sentir cada coisa boa que a maré trazia… e a deixar ir tudo de mau na corrente da maré vaza…
1 comment:
Este é o texto perfeito para descrever muito do que senti quando acabei as aulas de Química do 12º ano... Mais do que uma professora capaz de ensinar as várias matérias encontrei em si alguém capaz de me ensinar tanto mais...Encontrei um ser humano tão xeio de vontade de partilhar as experiências, os erros e as aprendizagens... Aprendi tanto consigo... Aprendi a ver as coisas com muito muito mais gosto, aprendi a viver com mais amor, com mais paixao... Obrigada por sempre querer partilhar a sua magia comigo, com todos nós... E obrigada pelo seu blog...Lindo...Só quero mais textos seus :)*
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