Caminhou até à areia. Tirou os sapatos e as meias e sentiu-se acordar quando os pés tocaram na areia gelada. No Inverno é sempre assim. A areia está sempre húmida e fria. Soube-lhe bem o arrepio. Talvez assim conseguisse pensar. Há horas que não se conseguia organizar, que a única palavra que, de uma forma quase obsessiva, lhe ocupava a cabeça era vida. Vida. Vida. Vida. Ela e a vida. E desmembrou a palavra. E desmembrou a vida. Muito mais do que uma palavra. Naquele momento sentia que era o rumo, o caminho traçado… Soube que não podia desistir. E tinha o mar ali tão perto… A sua fonte de força estava ali, a fazer-se notar.
Não era a primeira vez que ele lhe batia. Mas, naquele momento, prometeu a si própria que seria a última. Mesmo que doesse ainda mais reagir. Prometeu a si própria ser sempre verdadeira, com os outros e principalmente consigo própria, pensar verdade, acreditar verdade e ser verdade. Ser independente, autónoma, não vergar, não baixar a cabeça…Decidir sempre com coragem, reagir… não vergar, reagir…
Sabia que tinha de mudar muita coisa. Não lhe bastava fazer obras. Teria de começar a demolir. De acabar com as memórias de tantos maus tratos durante tanto tempo. Para depois se podes reconstruir, para se fortalecer, para poder, de novo, viver. E para poder continuar a amar. Porque queria ainda amar. Amar sempre, muito, sem limites, entregar-se, viver amor com toda a intensidade possível… Sorriu. E, sorrindo, voltou para casa…
Não era a primeira vez que ele lhe batia. Mas, naquele momento, prometeu a si própria que seria a última. Mesmo que doesse ainda mais reagir. Prometeu a si própria ser sempre verdadeira, com os outros e principalmente consigo própria, pensar verdade, acreditar verdade e ser verdade. Ser independente, autónoma, não vergar, não baixar a cabeça…Decidir sempre com coragem, reagir… não vergar, reagir…
Sabia que tinha de mudar muita coisa. Não lhe bastava fazer obras. Teria de começar a demolir. De acabar com as memórias de tantos maus tratos durante tanto tempo. Para depois se podes reconstruir, para se fortalecer, para poder, de novo, viver. E para poder continuar a amar. Porque queria ainda amar. Amar sempre, muito, sem limites, entregar-se, viver amor com toda a intensidade possível… Sorriu. E, sorrindo, voltou para casa…
1 comment:
E como é bom caminhar sobre a areia molhada..=)
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