Sunday, August 29, 2010

nunca o mar



Fernando Botero, A praia

“Nunca o mar foi tão ávido
quanto a minha boca. Era eu
quem o bebia. Quando o mar
no horizonte desaparecia e a areia férvida
não tinha fim sob as passadas,
e o caos se harmonizava enfim
com a ordem, eu
havia convulsamente
e tão serena bebido o mar.”

Fiama Hasse Pais Brandão, em ’A Dança dos Erros.

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